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POLÍTICA

Vereador solicita abertura de CPI para investigar compra de "mosquitos do bem" pela Prefeitura de Rio Branco

Vereador solicita abertura de CPI para investigar compra de "mosquitos do bem" pela Prefeitura de Rio Branco

O vereador Eber Machado (MDB) solicitou na Câmara de Rio Branco, na sessão desta terça-feira, 11, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de “Aedes aegypti do Bem”; para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A aquisição envolveu um investimento de cerca de R$ 5 milhões da gestão municipal.

Machado, ao apresentar sua solicitação, destacou a gravidade da situação, apontando que a Prefeitura não teria seguido os procedimentos corretos, como a realização de uma licitação pública. “Já temos seis assinaturas, precisamos apenas de mais uma para instaurar a CPI. A denúncia é séria, pois descobrimos que os kits de mosquitos chegaram vencidos em Rio Branco. Ou seja, o município comprou um produto sem validade, o que levanta sérias questões sobre a responsabilidade da empresa fornecedora”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, a empresa responsável pela venda do produto à Prefeitura alegou não haver outra empresa capaz de fornecer os mosquitos, mas, em uma investigação paralela, Eber Machado afirma que encontrou fornecedores alternativos que comercializavam o mesmo produto, com preços e prazos adequados. “A Prefeitura fez essa compra sem a devida licitação, e sem explorar alternativas no mercado, o que é no mínimo suspeito”, reforçou.

Além das questões relacionadas à licitação e validade dos kits, o vereador também questiona a transparência da gestão municipal. Segundo ele, a Prefeitura deveria ter apresentado publicamente as caixas com os mosquitos, caso estivessem dentro do prazo de validade. “Se o produto fosse legítimo e estivesse dentro das condições esperadas, a Prefeitura já teria convocado a imprensa para mostrar as caixas. Mas isso não aconteceu, e as caixas estão guardadas, sem explicação”, afirmou.

Eber também anunciou que está em contato com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e com o Ministério Público para ampliar a investigação. “Vamos entregar todos os fatos novos que surgiram, e tenho certeza de que tanto o Tribunal de Contas quanto o Ministério Público vão agir para esclarecer o que aconteceu”, declarou.