O vereador Zé Lopes (Republicanos) usou a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco, na sessão desta quinta-feira, 27, para fazer um alerta sobre a grave crise no abastecimento de água que afeta a população da capital acreana. O parlamentar enfatizou que a situação, considerada uma das mais críticas enfrentadas pelos moradores, exige medidas urgentes.
Lopes destacou a liberação de R$ 16,8 milhões pelo governo federal, em caráter de emergência, para solucionar o problema da falta de água na cidade. O recurso foi obtido no final do ano passado. No entanto, o vereador criticou a falta de ação por parte da Prefeitura da Capital, que, segundo ele, ainda não apresentou o projeto necessário para que os recursos sejam utilizados.
“Venho aqui na tribuna falar da grave dificuldade que é a questão do abastecimento de água em Rio Branco. No dia 19 de dezembro do ano passado, o senador Henri conseguiu R$ 16,8 milhões com o senador Valdez Góes. O governo federal em nove dias liberou quase 17 milhões de reais em caráter de emergência e vocês sabem o que foi feito de lá do dia 26 até hoje, dia 27 de fevereiro? Dois meses se passaram e até hoje a prefeitura de Rio Branco não apresentou o projeto para receber o dinheiro necessário para reparar a ETA 2”, afirmou Zé Lopes.
De acordo com o parlamentar, o valor já está disponível, mas o processo está parado por falta de um projeto da Prefeitura, que, segundo ele, ainda não foi encaminhado à esfera federal. Zé Lopes relatou que o projeto passou pela avaliação do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), mas ainda não houve avanço.
O parlamentar também fez um apelo ao prefeito Tião Bocalom, solicitando que ele assine um projeto de R$ 15 milhões, que não representaria custo para a prefeitura, mas poderia ajudar a resolver a crise hídrica. O docume já foi assinado por 21 prefeitos do interior do Estado, mas ainda depende da assinatura de Bocalom para avançar.
“Eu digo para vocês, 21 prefeitos do interior do Estado já assinaram. Só falta o prefeito Bocalom assinar. E se ele não assinar esse projeto, que vai custar 15 milhões de reais, mas não vai sair nem um centavo da prefeitura, ele vai ficar parado”, ressaltou Zé Lopes.
O vereador fez questão de destacar que o problema da falta de água está diretamente relacionado à saúde pública, uma vez que a ausência de água tratada e saneamento básico afeta diretamente a qualidade de vida da população. “A nossa população está somente em fila de hospital, por falta de saneamento, falta de água tratada, não faz o menor sentido. Se esse dinheiro está liberado e o projeto está na mesa do prefeito há dois meses, a gente continua esperando”, concluiu.