No podcast "Conversa Franca" desta semana, a vereadora Elzinha Mendonça (PP), conhecida por sua postura incisiva contra a administração do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, compartilhou suas expectativas para as próximas eleições municipais. A entrevista, que vai ao ar na próxima segunda-feira, 22, destacou a necessidade de uma liderança que realmente se comprometa com o desenvolvimento da cidade, apesar da presença de Alysson Bestene como vice de Bocalom. Elzinha evitou mencionar diretamente o nome do atual prefeito e sublinhou a importância de uma gestão mais eficiente e responsável.
“Eu espero que a população de Rio Branco faça uma avaliação criteriosa da pessoa que vai governar a nossa cidade. Precisamos de uma cidade onde as oportunidades estejam presentes, para que nossos cidadãos não precisem buscar alternativas em outros lugares. A responsabilidade por essa transformação recai sobre cada eleitor, que deve compreender as necessidades urgentes de Rio Branco. Precisamos de ruas asfaltadas, água nas torneiras, saneamento básico, transparência e um transporte coletivo de qualidade,” declarou a vereadora.
A vereadora foi contundente ao criticar o sistema de transporte público da capital, apontando uma flagrante falta de responsabilidade por parte da administração atual. Segundo Elzinha, o transporte coletivo é monopolizado por uma única empresa cujos ônibus estão sucateados, expondo a população a condições precárias. Ela destacou que, apesar da aprovação de um subsídio de quase R$ 40 milhões destinado ao setor, não houve melhorias perceptíveis.
“Há uma clara falta de responsabilidade. Isso é indignante. Como vereadora, é meu dever cobrar melhorias. Atualmente, temos uma empresa com ônibus em péssimas condições. O transporte coletivo está monopolizado e os veículos, deteriorados, deixam os usuários à mercê da sorte. Foi aprovado um subsídio de quase R$ 40 milhões para investimentos no transporte, mas não vimos progresso. Recentemente, foi apreendido um ônibus com documentação vencida desde 2020. Solicitei que a prefeitura exigisse a documentação atualizada da empresa Rico, responsável pelo transporte coletivo, mas meu requerimento foi rejeitado. Isso levanta questões sérias sobre a transparência da administração, que tem sido classificada como a pior entre 100 cidades nesse quesito. A gestão deveria, no mínimo, garantir que, apesar das más condições, os veículos estivessem regulamentados. Quando uma solicitação simples como essa é ignorada, é frustrante, pois a população precisa entender o que está acontecendo,” concluiu Elzinha.