A sessão da Câmara Municipal de Rio Branco desta quarta-feira, 27, terminou de forma antecipada após vereadores da base do prefeito Tião Bocalom e da oposição decidirem abandonar o plenário. O ato foi um protesto contra a ausência, na pauta, do requerimento que solicita o afastamento do superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, acusado de suposto assédio moral.
Com a saída coletiva, cerca de 27 projetos deixaram de ser votados, entre eles a prorrogação do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e sete vetos do Executivo que já travavam a pauta há semanas.
O movimento começou com o vice-presidente da Casa, vereador Leoncio Castro, seguido pelo vereador João Paulo Silva. Em seguida, outros parlamentares, inclusive da base governista, também se retiraram, inviabilizando a continuidade da sessão.
O vereador Fábio Araújo, um dos principais defensores do afastamento de Vilas Boas, criticou a decisão da Mesa Diretora.
“Várias pautas já foram colocadas em votação, mas o meu requerimento e o assinado por dez vereadores da base continuam engavetados. Se a presidência não colocar em votação, vamos travar a pauta. Em repúdio, estou me retirando da sessão”, declarou.
O presidente da Câmara, Joabe Lira, tentou dar prosseguimento aos trabalhos e argumentou que o tema seria discutido em reunião posterior. “Pela diretoria legislativa, esse requerimento será apreciado amanhã. Hoje precisamos votar as matérias importantes”, disse.