Vivendo uma crise de relacionamento com correligionários progressistas, Gladson Cameli passou a ser cobiçado por outros partidos políticos.
O chefe do Palácio Rio Branco foi convidado dias atrás para se filiar ao PSL, ainda que em tom de brincadeira, pelo vice-governador Major Rocha, e recebeu cantadas também de líderes do MDB e do Republicanos.
Sobre o PSL chegou a declarar em entrevista ao Notícias da Hora que tem simpatia pelos liberais e que seria um partido que ele não descartaria caso deixasse o PP.
Durante a reunião com dirigentes do MDB na terça-feira (14), em Brasília, emedebistas deixaram as portas do partido abertas ao governador do Acre. O convite para Gladson se filiar ao MDB foi feito em alto e bom som sem qualquer cerimônia.
Estiveram no encontro com o governador, o senador Márcio Bittar, o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, a deputada federal Jéssica Sales, o deputado estadual Roberto Duarte e o ex-deputado federal João Correia.
O líderes políticos retomaram as conversas de apoio à reeleição de Gladson Cameli em 2022 e ao mesmo tempo trataram sobre uma aliança para as eleições municipais de 2020, incluindo Rio Branco.
Outro convite partiu do presidente estadual do Republicanos, deputado federal Manuel Marcos, também em reunião em Brasília, para tratar sobre realinhamento político.
Procurado, o governador Gladson Cameli confirmou os convites recebidos.
Gladson viveu nesta quarta-feira mais um impasse envolvendo a pré-candidatura de Tião Bocalom, do PP, que foi destaque na imprensa local.
Após uma reunião pela manhã no apartamento da presidente do partido, Mailza Gomes, em Brasília, entre a parlamentar, Gladson e Bocalom, a senadora comunicou que o governador havia declarado apoio ao pré-candidato progressista.
Logo em seguida, o próprio Bocalom publicou em seu Facebook um agradecimento prometendo honrar a confiança do chefe do Executivo. Mas Gladson desmentiu a informação e afirmou que mantém a ideia de apoiar a reeleição da prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, do PSB.
Cameli disse que a reunião com o PP foi apenas para reabrir o diálogo sobre as pré-candidaturas do partido, não um encontro para declaração de apoio.