Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 24, ao podcast Papo Informal, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, o vereador Zé Lopes (Republicanos) falou abertamente sobre sua trajetória política, o apoio ao pré-candidato Marcus Alexandre (MDB) e sua decisão estratégica de mudança partidária. Durante o bate-papo, Lopes fez questão de enfatizar sua postura de independência em relação a alianças políticas e destacou os critérios que o levaram a apoiar o grupo opositor ao atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL).
Questionado sobre seu apoio a Marcus Alexandre, que conta com o respaldo de partidos como PCdoB e PT, Zé Lopes explicou que sua atuação política sempre foi orientada pelos interesses da população, independentemente das siglas envolvidas. “Quando eu entrei, eu estava no PL. Quando o Bocalom foi para o PL, levou cinco vereadores em mandato, mais um bocado de secretário. Eu saí do PL e fui para o União Brasil, depois fui para o Republicanos. Foi uma decisão estratégica, eu precisava de uma chapa onde eu tivesse chance de me eleger com os votos que eu esperava ter”, afirmou.
O parlamentar ressaltou que sua escolha pelo Republicanos foi baseada na referência de independência política que viu no deputado federal Roberto Duarte. “Eu fui para o Republicanos porque tem essa referência para mim. Independentemente do candidato a prefeito que o partido apoiasse, a minha postura ia ser a mesma. Se o Marcus hoje fosse prefeito, eu estaria fazendo o mesmo trabalho, votando de acordo com o interesse da população.”
Ao ser provocado sobre sua relação com o senador Alan Rick (União Brasil), Zé Lopes admitiu que, em uma eventual candidatura de Alan ao governo do Estado, ele deve apoiá-lo publicamente, mas apenas se isso fizer parte do compromisso assumido na campanha. “Na próxima eleição, se o Alan for candidato a governador e eu for candidato a deputado estadual, eu vou declarar para as pessoas que vou ser da base dele. Mas nessa eleição eu não fiz isso. Eu prometi que ia votar de acordo com o interesse da população”, esclareceu.