Durante a sessão online desta terça-feira (16), da Assembleia Legislativa do Acre, o deputado Daniel Zen (PT) voltou a falar a respeito da Fênix Soft e do Avancard. Ele frisou que as duas empresas cometem crimes contra o povo do Acre, com anuência da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Zen foi duro nas críticas e recomendou ao governador Gladson Cameli que suspenda os contratos com as duas prestadoras de serviços.
“Ainda vai sair gente presa e algemada do Palácio das Secretarias por conta desse rolo chamado Fênix Soft e Avancard. Governador, se livre desse problema, antes que a bomba ou os estilhados dessa bomba caiam no seu colo. Não faça isso, não. O senhor está chamando para o seu colo uma responsabilidade que o senhor não precisa chamar. Chame à responsabilidade, àqueles que de fato são responsáveis e resolva esse problema de uma vez por todas, antes que tenha gente da sua equipe indo parar lá no Francisco D’Oliveira Conde”, disparou Zen.
Daniel Zen elencou uma série de ilegalidades que a Fênix Soft pode estar cometendo ao longo dos meses em que mantém contrato com o governo do Estado. “Então, nós estamos vivendo nesta situação da Fênix Soft crime sobre crime. Primeiro o crime de criar uma margem extra consignável ilegal, por decreto e não por lei. Segundo, o crime de cobrar juros extorsivos, abusivos, cinco vezes mais altos que o juro normal praticado no mercado. Terceiro o crime de criar uma reserva de mercado indevida para uma única empresa administradora de um cartão e não pra todos os bancos. O quarto crime é o vazamento de informações do servidor, protegidas por lei, que só poderiam ter acesso, o seu empregador, ou seja o Estado e não uma empresa”.
Zen acrescenta que “hoje os atendentes do protocolo da Secretaria de Planejamento sequer tem acesso aos sistema de gerenciamento dos empréstimos consignados. Eles não pode mais informar. Sabe por que? Porque essas informações estão agora de posse exclusiva da empresa responsável pelo gerenciamento. E isso está errado, sabe por que? Porque a empresa usa dessas informações para aliciar os servidores a contrair novos empréstimos. Isso aí é crime!”.