O deputado Daniel Zen (PT) voltou a responder ao governador Gladson Cameli (PP) e, dessa vez, ao senador Marcio Bittar (Sem Partido). Zen disse que não é verdade que ele é contra a vinda de recursos federais para o Acre, mas sim a falta de transparência imputada ao ‘orçamento paralelo’.
“Governador Gladson Cameli e senador Marcio Bittar me acusam de "comemorar" o que eles chamam de "veto" à transferência de recursos para o Acre. Me assusta o intuito dessa gente de distorcer as coisas. Eu jamais comemoraria a suspensão de repasses de recursos para o Acre. O que celebrei foi a suspensão de um dos maiores esquemas de corrupção da história da República: as tais emendas extraorçamentárias, do tal orçamento paralelo (secreto), usado para comprar apoio parlamentar nas votações de interesse do governo de Jair Bolsonaro. Só isso!”, disse o líder petista na Assembleia Legislativa do Acre.
Zen aproveitou para alfinetar Marcio Bittar em dois pontos considerados pela opinião pública acreana como inconcebíveis. Ou seja, a destinação de recursos para a Santa Casa, hospital privado, e a destinação de emendas para cidades de outras unidades da federação, como Gameleira, em Goiás, que recebeu emendas de Bittar.
“É disso que se trata e que é celebrado por eles, com orgulho! A destinação de emendas fora dos critérios legais. Exemplo: apenas pra Santa Casa de RBR, um hospital PRIVADO, o senador destinou R$ 126 milhões. Mas, como, se um senador só dispõe de R$ 24 milhões por ano? Também não acho normal que um senador do Acre destine emendas extraorçamentárias para municípios do interior de Goiás (e de outros Estados) que são vizinhos a municípios sede de empresas contratadas por dispensa de licitação pelo DERACRE”, pontuou.
Ao final, Zen foi taxativo: “eu quero mais é que venham muitos recursos para o Acre! Mas, que venham pelas vias legais, corretas, republicanas. Não pra alimentar os supostos esquemas de políticos e de seus pré-candidatos...”.